quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CASAMENTO, UMA UNIÃO DE VALORES

Na “Carta Apostólica Mulieris Dignitatem”, de nosso querido e saudoso Papa João Paulo II podemos entender que, quando lemos em Gn 2, 18, que Deus criou a mulher, pq não era bom que o homem estivesse só e lhe fez uma “auxiliar que lhe correspondesse” (tradução da Bíblia da CNBB), do hebraico, a palavra que foi traduzida como auxiliar é “ezer”, cuja tradução mais próxima é “socorro de Deus; tesouro de Deus”.

O homem (Adão) tinha necessidade de amar e ao ver a obra que Deus criou (Eva) para ele, o que ele disse? “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!” Que linda declaração de amor! Você já parou para pensar que esta foi a primeira declaração de amor da face da Terra?


De todas as maravilhas que Deus criou, parece que a que mais agradou Adão foi Eva. Ele disse: "Desta vez sim"! Ele a aguardava. Gostou do que Deus criou para Ele. O olhar do homem para a mulher foi um olhar de amor.


Outro aspecto para pensar: Os ossos sustentam o corpo. Podemos dizer que a mulher é parte do osso que sustenta. Eis a importância da figura da mulher na vida de um homem. Porém, infelizmente, nos dias atuais, vemos uma banalização da "pessoa humana". Não há respeito aos valores pessoais. As pessoas nem respeitam a si mesmas. As mulheres preferem vender sua imagem e elas próprias criam situações em que se transformam em objetos de prazer nas mãos dos homens.


Amadas irmãs, como mulheres, vamos nos dar mais valor. Respeitemo-nos e respeitemos àqueles que nos cercam. Vamos cumprir o papel que Deus nos deu, quando nos criou.


Amados irmãos, como homens, respeitem mais as mulheres. Não as usem como coisas. E também cumpram o papel que o Senhor lhes confiou.


Grande parte dos sofrimentos humanos está ligada aos relacionamentos - consigo e com outrem.


Por que eu falei isto tudo? Por causa do e-mail que recebi com a mensagem que lhes enviou abaixo. É apenas uma reflexão que quis compartilhar com vocês.


Que Deus lhes abençoe!


Abraços fraternos!



Viviane Aliaga






Mergulhemos na Providência Divina para que a Palavra de Deus nos conduza. Nesta manhã vamos meditar com a passagem bíblica do livro de: Gênesis 2, 18-25

"18.E o Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda”. 19. Então o SENHOR Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e apresentou-os ao homem para ver como os chamaria; cada ser vivo teria o nome que o homem lhe desse. 20. E o homem deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens, mas não encontrou uma auxiliar que lhe correspondesse. 21. Então o SENHOR Deus fez vir sobre o homem um profundo sono, e ele adormeceu. Tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. 22. Depois, da costela tirada do homem, o SENHOR Deus formou a mulher e apresentou-a ao homem. 23. E o homem exclamou: “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘humana’ porque do homem foi tirada”. 24. Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. 25. O homem e sua mulher estavam nus, mas não se envergonhavam."


É uma palavra profunda que nos remete aos inícios da criação de Deus. O Senhor está junto de nós desde a criação do mundo e precisamos estar também junto d'Ele.

Deus fez todas as coisas, entretanto, ainda não tinha dado uma companheira para o homem. Percebendo que não seria bom que este permanecesse sozinho, o Senhor tirou das costelas deste a carne de sua carne e formou a mulher. Nesse momento Deus presenteava o homem com a mulher.

Ao recebê-la o homem também acolhia toda a responsabilidade expressa pelo Criador a respeito deles. Hoje falta para os homens resgatar esse conhecimento sobre a responsabilidade com aquela com quem convivem. Afinal essa é a esposa que Deus lhes deu como companheira. Assim, eles deixarão o pai e a mãe e se unirão a ela, formando uma só carne. Em outras palavras, o homem sairá das asas da sua casa e vai construir a própria família. Neste caso, não há retorno, é preciso que os noivos entendam isso.

Você que está se preparando para o casamento entenda que a partir desse momento o casal se tornará uma única pessoa, haverá um único propósito para a vida a dois.
Não podemos esquecer que somos pecadores e falhos. Diante disso, é importante lembrar que nada poderemos realizar sem a ajuda do Todo-poderoso, tampouco cumprir a nossa responsabilidade para com a nossa família.

Quando começamos a nos relacionar com alguém, junto com esse relacionamento se inicia o processo de lapidação mútua. Os casais não estão prontos, porque as pessoas são diferentes no agir e no pensar e a dificuldade está em encontrar o ponto comum e o equilíbrio.

Como casal precisamos encontrar valores na outra pessoa, pois todas as outras coisas passarão. São os valores que nos garantem o bom relacionamento, seja na intimidade pertinente ao casal, seja naquilo que se refere às opiniões próprias de cada um. Diante disso, nunca deve faltar o respeito pelo direito do cônjuge.

Palavras imperativas não podem fazer parte do convívio. Coisas do tipo “Eu faço!”... “Eu quero!”, entre outros. Assim o desafio dos cônjuges será de um ser instrumento de lapidação para o outro.

Sabemos que todas as coisas passam, a beleza estética que, um dia, foi um encanto, também vai passar e se não estivermos ligados à outra pessoa por conta dos valores, como será o relacionamento quando os efeitos do tempo começarem a trabalhar no corpo do outro?

O casal que está noivando precisa saber das coisas que o outro gosta e não gosta. É importante o rapaz saber que a sua noiva não será apenas uma figura decorativa. Ela também tem suas responsabilidades, assim como o homem tem as dele. Contudo, mesmo entendendo que a mulher é a sua companheira ideal, o homem ainda continua magoando a “sua ajuda adequada”. Muitos deles esquecem que a mulher é mais emoção, enquanto eles são mais razão.

Ao homem cabe a subsistência e o gerenciamento da casa, mas, infelizmente, há aqueles que se aninham às sombras da mulher. Diante desse comportamento cômodo para o homem, a mulher acaba assumindo o lugar daquele que deveria ser o chefe da casa. Certamente, muitos atritos ocorrerão por conta dessa inversão de valores.

De outro lado, se os homens não conseguirem enxergar o potencial de suas esposas, eles acabarão não confiando naquelas que seriam a sua ajuda. Por isso, muitos acabam por assumir e fazer tudo na família, inclusive coisas que elas deveriam realizar. Numa atitude de descrédito na capacidade da esposa, o marido esvazia o potencial que ela teria a desenvolver.

A esposa não deseja ser apenas uma figura decorativa dentro de casa. Quando não se percebe o potencial do outro num relacionamento, facilmente, acaba-se por acontecer uma rivalidade e consequentemente, surgem sentimentos como o ciúme e a raiva, entre outros.

O casal deve somar valores. O casamento acontece quando o esposo se dedica em somar os seus méritos com os méritos da esposa. Muitas esposas têm um grande potencial na cozinha, por exemplo, mas o marido nunca se atentou a fazer um elogio à dedicação dela.

Muitos maridos, infelizmente, não conseguem ver uma qualidade sequer nas esposas. Muitas vezes, eles prestam atenção apenas aos atributos naturais delas; esquecem que elas são mais que um enfeite. Esquecem dos valores delas.

O casamento não deve ser um jogo de interesse, seja por questões financeiras, estéticas, bens, entre outros. Tudo isso são valores fictícios. Isso não mantém nenhum casamento. Podemos encontrar casais que esteticamente não se correspondem, mas são unidos e alegres. O que faz o casamento perdurar por anos e anos são aqueles valores que a esposa vê no marido e vice-versa. Ninguém mais consegue ver alguns valores nossos, a não ser aquela(e) que está junto conosco.

Deus nos presenteia com a riqueza contida naquela que é a nossa ajuda adequada.

Deus os abençoe!

Wellington Silva Jardim
Comunidade Canção Nova

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