(Desconheço o autor)
Você se lembra da sua infância, quando caía e se machucava?
Lembra o que sua mãe fazia para acalmar a dor?
Minha mãe me levava no colo até minha cama e beijava meu machucado.
Então, ela sentava ao meu lado, pegava minha mão e falava: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Era sempre assim eu apertava sua mão e sem falhar uma só vez, ouvia: "Filho, eu te amo!"
Às vezes, eu fingia ter me machucado só para passar por esse ritual com ela.
À medida que fui crescendo, o ritual mudou, mas minha mãe sempre encontrava um modo de diminuir a dor e aumentar a alegria em qualquer área da minha vida.
Numa época difícil, ela tinha sempre meus chocolates preferidos, recheados com amêndoas, quando eu chegava em casa.
Lá pelos meus vinte e poucos anos, mamãe muitas vezes telefonava num fim de tarde convidando-me para vermos o pôr-do-sol ou o nascer da lua.
Deixava bilhetinhos amorosos sobre meu travesseiro quando eu chegava tarde em casa e, quando fui morar sozinho, mandava-me lembrancinhas agradecendo as visitas que eu lhe fazia.
Mas minha melhor lembrança continuou sendo ela segurando minha mão quando eu era pequeno e repetindo: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Eu já tinha trinta e tantos anos quando, uma manhã, meu pai telefonou para o meu trabalho.
Era um homem seguro e lúcido, mas a voz soava confusa e amedrontada: "Filho, há algo errado com sua mãe. Já chamei o médico, mas, por favor, venha logo que puder."
Quando cheguei, papai andava de um lado para outro na sala e mamãe estava deitada no quarto, olhos fechados, as mãos sobre o estômago.
Chamei por ela, tentando manter a voz o mais calma possível.
Disse-lhe que eu estava ali e ela me perguntou: "É você, filho?"
Respondi-lhe que sim.
Eu não estava preparado para a próxima pergunta e, quando a ouvi, congelei, sem saber o que responder: "Filho, eu vou morrer?"
Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava minha mãe querida ali, deitada, tão desamparada.
Ao tentar descobrir o que responder pensei: "O que mamãe diria num momento desses?"
Hesitei por um instante, esperando que as palavras viessem.
Disse-lhe: "Mamãe, não sei se você vai morrer, mas fique tranquila, tudo acabará bem."
Apertei sua mão e disse-lhe: "Eu amo você!"
Ela gemeu: "Filho, sinto tanta dor."
Mais uma vez fiquei sem saber o que falar.
Sentei a seu lado na cama e me ouvi dizendo: "Mamãe, quando doer, aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Ela apertou minha mão. "Mamãe, eu te amo."
Esta cena se repetiu muitas vezes durante os dois anos seguintes, até seu falecimento.
Nós nunca sabemos quando virão os momentos em que seremos testados. Mas sei que, quando chegarem, com quem quer que eu esteja, oferecerei o ritual de amor de minha mãe: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Lembra o que sua mãe fazia para acalmar a dor?
Minha mãe me levava no colo até minha cama e beijava meu machucado.
Então, ela sentava ao meu lado, pegava minha mão e falava: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Era sempre assim eu apertava sua mão e sem falhar uma só vez, ouvia: "Filho, eu te amo!"
Às vezes, eu fingia ter me machucado só para passar por esse ritual com ela.
À medida que fui crescendo, o ritual mudou, mas minha mãe sempre encontrava um modo de diminuir a dor e aumentar a alegria em qualquer área da minha vida.
Numa época difícil, ela tinha sempre meus chocolates preferidos, recheados com amêndoas, quando eu chegava em casa.
Lá pelos meus vinte e poucos anos, mamãe muitas vezes telefonava num fim de tarde convidando-me para vermos o pôr-do-sol ou o nascer da lua.
Deixava bilhetinhos amorosos sobre meu travesseiro quando eu chegava tarde em casa e, quando fui morar sozinho, mandava-me lembrancinhas agradecendo as visitas que eu lhe fazia.
Mas minha melhor lembrança continuou sendo ela segurando minha mão quando eu era pequeno e repetindo: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Eu já tinha trinta e tantos anos quando, uma manhã, meu pai telefonou para o meu trabalho.
Era um homem seguro e lúcido, mas a voz soava confusa e amedrontada: "Filho, há algo errado com sua mãe. Já chamei o médico, mas, por favor, venha logo que puder."
Quando cheguei, papai andava de um lado para outro na sala e mamãe estava deitada no quarto, olhos fechados, as mãos sobre o estômago.
Chamei por ela, tentando manter a voz o mais calma possível.
Disse-lhe que eu estava ali e ela me perguntou: "É você, filho?"
Respondi-lhe que sim.
Eu não estava preparado para a próxima pergunta e, quando a ouvi, congelei, sem saber o que responder: "Filho, eu vou morrer?"
Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava minha mãe querida ali, deitada, tão desamparada.
Ao tentar descobrir o que responder pensei: "O que mamãe diria num momento desses?"
Hesitei por um instante, esperando que as palavras viessem.
Disse-lhe: "Mamãe, não sei se você vai morrer, mas fique tranquila, tudo acabará bem."
Apertei sua mão e disse-lhe: "Eu amo você!"
Ela gemeu: "Filho, sinto tanta dor."
Mais uma vez fiquei sem saber o que falar.
Sentei a seu lado na cama e me ouvi dizendo: "Mamãe, quando doer, aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Ela apertou minha mão. "Mamãe, eu te amo."
Esta cena se repetiu muitas vezes durante os dois anos seguintes, até seu falecimento.
Nós nunca sabemos quando virão os momentos em que seremos testados. Mas sei que, quando chegarem, com quem quer que eu esteja, oferecerei o ritual de amor de minha mãe: "Quando doer aperte minha mão e vou dizer: Eu te amo!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário