Em hebraico, MOCHE. Profeta e legislador judeu. Sua vida e seus feitos estão narrados nos livros do Pentateuco, com exceção do Gênesis. Era de ascendência sacerdotal.
Quando Moisés nasceu sua mãe o escondeu por três meses, devido a uma ordem do faraó de matar todas as crianças judaicas do sexo masculino. Porém, após o terceiro mês, não podendo mais escondê-lo, ela o colocou num cesto de junco, nas águas do Rio Nilo. Sua irmã ficou observando, para ver o que iria acontecer, quando viu a filha do faraó encontrando-o. Neste instante, a menina foi até ela e perguntou se queria que procurasse uma ama de leite entre as mulheres dos hebreus, de forma que buscou sua própria mãe para amamentar o bebê.
Moisés cresceu e, certo dia em que saíra por acaso para ir ter com os seus irmãos, testemunhou os duros trabalhos que os hebreus eram submetidos e viu um feitor egípcio espancando um hebreu. Tal fato o deixou furioso, fazendo com que matasse o agressor e escondesse seu corpo na areia. No dia seguinte, ao sair, viu dois hebreus brigando e ao repreendê-los, um lhe dirigiu a palavra falando que ele havia matado o egípcio. Com medo de que sua atitude já tivesse sido conhecida e, na realidade o faraó havia tomado conhecimento do fato, Moisés fugiu para o deserto de Madiã, pois o faraó pretendia matá-lo. No deserto conheceu Jetro, com o qual começou a trabalhar e com cuja filha se casou mais tarde.
Certa vez, ao pastorear, teve a visão de uma sarça que se consumia no fogo, mas não se queimava. De dentro do fogo saiu uma voz que lhe falou e se fez conhecer pelo nome de Yahweh (Jeová), o Deus dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó. Nessa ocasião, Moisés, que fora educado na corte do faraó viu-se investido da missão de tirar os hebreus do Egito. Para tanto ele foi agraciado com o poder de operar prodígios que o credenciassem junto a seu povo, infundindo, simultaneamente, terror ao faraó.
Depois disso, apresentou-se ao faraó e pediu-lhe que libertasse o povo hebreu. Mas, é claro, que o faraó lhe recusou o pedido. Com a recusa, Deus o castigou, fazendo vir sobre o Egito grandes desgraças. Contudo, o faraó continuou endurecido. Deus disse a Moisés que iria ferir o faraó e sua gente com uma última praga, que culminaria com a morte de todos os primogênitos egípcios, enquanto que com os primogênitos hebreu não aconteceria nada. Após este fato Moisés celebrou a Páscoa junto com os filhos de Israel.
O faraó chamou Moisés e lhe mandou ir embora com o povo, porém, acabou voltando atrás e começou a perseguí-los com seu exército. Foram alcançados quando chegaram ao Mar Vermelho. Diante da dificuldade, Moisés disse ao povo que o Senhor combateria por eles, estendeu a mão sobre o mar e as águas se dividiram ao meio, de forma que eles passaram sem molhar os pés. Contud, os egípcios foram atrás deles e, quando chegaram no meio do mar, Deus falou a Moisés que estendesse novamente a mão sobre o mar e, ao fazer isto, as águas se juntaram e cobriram todo o exército de faraó, não escapando ninguém. Este foi o primeiro marco crítico da história do povo judeu.
No terceiro mês depois da saída do Egito, eles chegaram aos pés do Monte Sinai, quando, então, Deus promulgou o decálogo (os Dez Mandamentos). Moisés subiu o monte e ficou 40 dias e 40 noites e o Senhor lhe deu os dez mandamentos, escritos por sua mão, em duas tábuas de pedra.
Moisés guiou os judeus durante 40 anos, pelo deserto, em busca da nova terra com que sonhavam - Canaan. Finalmente, chegando aos limites de Canaan, Moisés louvou a Deus e depois de abençoar cada uma das tribos em que estava dividido o povo de Israel, subiu ao Monte Nebo, na Planície de Moabe, de cujo cimo viu a Terra Prometida. Ali mesmo morreu, com 120 anos de idade.
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