A vida da gente seria tão mais descomplicada se nela houvesse um
pouco mais de ternura. Sim, ternura para se perceber e perceber os
outros com a singeleza que é própria de uma folha embalada pelo vento.
Ternura para compreender as tristezas sob um ar de aprendizado e
acréscimo.
O terno não se permite amargar por decepções. Ele
desenvolve a faculdade de enxergar mais longe, indo além da simples
experiência para perceber o positivo que se esconde em cada realidade.
A ternura nos ensina a saber esperar, a ter paciência diante de nossa fraqueza e da alheia, aguardando o
derradeiro momento no qual a virtude vai verdadeiramente florescer. Muitos
relacionamentos acabam por ausência de ternura, em virtude de um fatal
descuido nos detalhes. O que os [relacionamentos] encerra não é tanto a
ausência do amor, mas do cuidado (ternura).
Existem várias formas de amar, mas, apenas a via da ternura assegura sua (amor) correta percepção.
Amor sem ternura é verão sem sol, arte sem beleza, vida sem movimento. O
amor precisa de ternura para se encarnar e para se fazer sentir. Muitos
pais amam, mas não são compreendidos assim. Por quê? Será ausência de
ternura?
É preciso investir na ternura, ela torna a vida mais
leve e o amor verdadeiramente perceptível. Ternura no olhar, falar,
abraçar; o coração não se desenvolve sem ternura, pois, ela nos
transporta à nossa real essência: afinal, viemos à existência por um ato
de extrema Ternura. Não tenhamos medo de ser ternos. Isso não nos
diminuirá, ao contrário, nos enobrecerá e tornará nossa vida mais feliz e
sinceramente acompanhada (quem é terno atrai ternura).
Ternura, simplesmente ternura! Isso, de fato,
descomplicará e qualificará cada fragmento de nosso todo. Sem receio e
sem protocolos, ousemos e, no concreto de nossa vida, façamos essa linda experiência!
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