sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
O BANQUETE DO CORDEIRO - O PASTOR DECIDIU IR À MISSA
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Scott Hahn
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
CICLO PASCAL - TEMPO DA QUARESMA
(Equipe Editorial Paulinas )
Tempo da Quaresma - vai da quarta-feira
de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive. São quarenta dias dedicados
à preparação para a celebração da Páscoa, que a Igreja relaciona com os
quarenta anos de peregrinação do povo hebreu rumo à terra prometida; os
quarenta dias de jejum total de Moisés no Monte Sinai se preparando para
receber a Lei da Aliança (Ex 24,12-18. 34); os quarenta dias em que Elias seguia a
caminho do Monte Horeb, fugindo da perseguição (1Rs 19,8); e o retiro de Jesus
no deserto, onde passa quarenta dias e noites em jejum, se preparando para sua vida pública (Mt
4,1-2).
A Quaresma é o tempo que precede e predispõe
à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de
preparação e de memória do batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos,
de recorrer com mais frequência às “armas da penitência cristãs”: a oração, o
jejum e a esmola. (Mt 6,1-6.16-18).
A cor litúrgica própria é o roxo e não se
canta o Glória, nem o Aleluia, que voltarão a ser entoados somente na Vigília
Pascal. Neste período, devemos nos abrir para ouvir e acolher a Palavra de Deus
e intensificarmos a prática da caridade em busca da conversão de nossos
pecados.
O povo cristão percebe claramente que durante
a Quaresma é preciso orientar os ânimos para as realidades que verdadeiramente
contam. Por isso se exige empenho evangélico e coerência de vida, traduzida em
boas obras, em formas de renúncia àquilo que é supérfluo e de luxo, em
manifestações de solidariedade com os sofredores e os necessitados.
A Igreja do Brasil desenvolve neste Tempo da
Quaresma a Campanha da Fraternidade, que esse ano (2012) terá como tema: “Fraternidade
e Saúde Pública”, e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, Eclesiástico
38,8. Trata-se de um grande movimento de
evangelização e de conscientização daqueles pecados mais gritantes da sociedade
brasileira que nos impedem de Celebrar a Páscoa do Senhor mais plenamente.
Fonte: http://catequese2nsfatima.blogspot.com/2012/02/ciclo-pascal-tempo-da-quaresma.html
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O QUE SIGNIFICAM AS CINZAS?
O uso litúrgico das cinzas tem sua
origem no Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo,
no livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do decreto
do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou à morte todos os
judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi
escrita entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de
saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550
antes de Cristo) ao profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu:
"Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando
e me impondo o cilício e a cinza" (Dn 9,3). No século
V antes de Cristo, logo depois da pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um
jejum a todos e se vestiram de saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu
trono e sentou sobre cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos
retirados do Antigo Testamento demonstram a prática estabelecida de utilizar-se cinzas
como símbolo (algo que todos compreendiam) de arrependimento.
O próprio Jesus fez referência ao uso das cinzas. A respeito daqueles
povos que recusavam-se a se arrepender de seus pecados, apesar de terem visto os milagres
e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti,
Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram
feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e as
cinzas. (Mt 11,21) A Igreja, desde os primeiros tempos,
continuou a prática do uso das cinzas com o mesmo simbolismo. Em seu livro "De
Poenitentia", Tertuliano (160-220 DC), prescreveu que um penitente deveria
"viver sem alegria vestido com um tecido de saco rude e coberto de cinzas". O
famoso historiador dos primeiros anos da igreja, Eusébio (260-340 DC), relata em seu
livro A História da Igreja, como um apóstata de nome Natalis se apresentou
vestido de saco e coberto de cinzas diante do Papa Ceferino, para suplicar-lhe perdão.
Sabe-se que num determinado momento existiu uma prática que consistia no sacerdote impor
as cinzas em todos aqueles que deviam fazer penitência pública. As cinzas eram colocadas
quando o penitente saía do Confessionário.
Já no período medieval, por volta do século VIII, aquelas pessoas
que estavam para morrer eram deitadas no chão sobre um tecido de saco coberto de cinzas.
O sacerdote benzia o moribundo com água benta dizendo-lhe: "Recorda-te que és pó e
em pó te converterás". Depois de aspergir o moribundo com a água benta, o
sacerdote perguntava: "Estás de acordo com o tecido de saco e as cinzas como
testemunho de tua penitência diante do Senhor no dia do Juízo?" O moribundo então
respondia: "Sim, estou de acordo". Se podem apreciar em todos esses exemplos que
o simbolismo do tecido de saco e das cinzas serviam para representar os sentimentos de
aflição e arrependimento, bem como a intenção de se fazer penitência pelos pecados
cometidos contra o Senhor e a Sua igreja. Com o passar dos tempos o uso das cinzas foi
adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação de quarenta
dias (excluindo-se os domingos) antes da Páscoa da Ressurreição. O ritual para a
Quarta-feira de Cinzas já era parte do Sacramental Gregoriano. As primeiras edições
deste sacramental datam do século VII. Na nossa liturgia atual da Quarta-feira de Cinzas,
utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo
de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com
essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz : "Recorda-te que és pó e em pó te
converterás" ou então "Arrepende-te e crede no Evangelho".
Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o
significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações
atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos
voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou
pela nossa salvação. Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas
batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.
Finalmente, conscientes que as coisas desse mundo são passageiras,
procuremos viver de agora em diante com a firme esperança no futuro e a plenitude do
Céu.
Bênção e imposição das cinzas
no início da Quaresma
(Quarta-feira de cinzas)
(Quarta-feira de cinzas)
Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades
fundamentais:
- Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, do inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que nos compete dar à nossa vida: "você é pó e ao pó voltará" (Gn 3, 19).
- Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.
Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como
abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração da Palavras.
Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas através das seguintes
passagens: (Nm 19; Hb 9,13). Como sinal de transitoriedade (Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm
13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como sinal de penitência (Dn
9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas passagens bíblicas,
prestando a atenção ao texto e seu contexto, relacionando com a vida pessoal,
comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de cinzas.
A primeira parte deste texto foi traduzido de um
escrito do Padre Saunders que apareceu publicado no Arlington Catholic Herald, em 17 de
fevereiro de 1994. O Padre Saunders é Presidente do Instituto Notre Dame para Catequese e
Assistente de Pároco na Igreja Rainha dos Apóstolos em Alexandria, Virigina. (Cortesia do Website EWTN, 1998) .A segunda parte foi obtida do
opúsculo SÍMBOLOS NA LITURGIA, Ione Buyst, Paulinas, 1998.
Fonte: http://www.mundocatolico.org.br/biblia/cinzas.htm (acessado em 22 de fevereiro de 2012)
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